Articulação

A TRANSFERÊNCIA COMO OBSTÁCULO À REGULAMENTAÇÃO DA PSICANÁLISE

Para concluir retomarei alguns pontos essenciais, a fim de situá-los no contexto de suas implicações para a formação de um analista. Trata-se de abordar de que maneira essa formação alinha-se com a possibilidade de um analista manejar a transferência para fins do tratamento.

O analista, tal como o paciente, não está isento de transferir, a diferença é que se espera que ele, por ter feito o seu próprio percurso de tratamento, esteja supostamente melhor preparado para saber de que são tecidas suas relações pessoais, e não venha a misturá-las com aquelas que estão em jogo para o paciente.  É para poder servir-se da transferência como instrumento de trabalho, que é pré-condição para a assunção da função de analista, que esse se submeta ao tratamento psicanalítico.  Por mais que os estudos teóricos sejam essenciais para sua formação, eles de nada valerão se o sujeito que pretende ocupar essa função não proceder a um tratamento pessoal, no qual o que Lacan  propôs chamar de desejo do analista  possa vir a  comparecer e habilitá-lo, confirmando sua pretensão… (VER MAIS)

TORÇÕES DO FEMININO E FUNÇÃO ANALÍTICA
Denise Maurano *
No seminário A transferência, lê-se que o amor tem relação com os deuses, e se os deuses estão no Real, então o amor tem relação como o Real. A transferência deve servir para interrogar  o objeto para saber qual…. (VER MAIS)

A SITUAÇÃO DA PSICANÁLISE NO BRASIL EM 2005*
Por Denise Maurano (membro do Corpo Freudiano do RJ)
Penso que a situação da psicanálise no Brasil em 2005 não é propriamente o tema de minha fala aqui, mas o assunto geral de nossos trabalhos…. (VER MAIS)

RELIANT LES FORMES DE FORMATION :
Une expérience brésilienne
Denise Maurano
Après beaucoup réfléchir, j´ai décidé que la meilleure contribution que je peux apporter à nos discussions dans le cartel « Formes des Formation »…. (VER MAIS)

LA PSYCHANALYSE DE FREUD ET LA NOTRE
Par Denise Maurano (membre du Corpo Freudiano do RJ)
Circunscreveremos o contexto no qual as entidades psicanalíticas resolveram se articular e se encontram aqui, numa mesma mesa de trabalho…. (VER MAIS)

Este livro é um testemunho do trabalho que os psicanalistas reunidos na Articulação das Entidades Psicanalíticas tiveram, nos últimos oito anos, para fazer frente a ataques de instituições que deturpam os conceitos da psicanálise em cursos e programas de treinamentos e que os divulgam sem o menor rigor. Expõe, também, a público, a possibilidade do encontro de psicanalistas brasileiros de diferentes instituições a fim de organizar debates para enfrentar esse ataque e conversar entre si sobre as dificuldades e esperanças do crescimento desse discurso que se sustenta, sobremaneira, na ética do psicanalista.

O Movimento Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras surgiu há quase vinte anos. este é seu segundo livro. Congrega a maior parte das sociedades e federações psicanalíticas de nosso país, abrangendo a diversidade de leituras e práticas do que foi trazido por Freud. Entidades que se uniram a partir de ações conjuntas contra tentativas espúrias de regulamentação da psicanálise. Embate que reforçou a experiência de que a psicanálise surge de uma ética e não pode ser regulamentada, e que só pode ser transmitida artesanalmente por um tripé indissolúvel: análise pessoal, prática supervisionada e estudo teórico. Dos relatos das lutas, das muitas discussões sobre vários temas que foram apar4ecendo nas reuniões, nasceu esta coletânea que tem por encargo passar um pouco do que tem sido o trabalho da Articulação para a reinvenção e defesa do legado freudiano.