Esse eixo convida a explorar a especificidade da ética na clínica, considerando as intervenções do analista – interpretação e ato -, bem como as modalidades contemporâneas do tratamento, tais como a análise online.

A expressão do poeta W. Wordsworth, citada por Freud, “a criança é o pai do adulto” traz a dimensão da importância dos primeiros anos de vida do falante. A estruturação e suas intempéries na criança são convocadas a uma reescrita na adolescência. Os desafios deste eixo se estendem desde o avesso discursivo às demandas de mercado e diagnóstico, até uma premente reinvenção dos pressupostos teórico-clínicos da psicanálise com crianças e adolescentes.

A proposta desse eixo é discutir os conceitos e categorias que sustentam o laboratório do analista, desde os fundamentais destacados pelo retorno de Lacan a Freud – Inconsciente, Pulsão, Transferência e Repetição – passando pela tríade amor, desejo e gozo; pelo motivo que dispara uma análise – inibição, sintoma e angústia – e pelos operadores RSI, que guardam no centro do seu enodamento a invenção lacaniana: objeto a.

Esse eixo pretende se debruçar sobre o tripé que sustenta o labor do analista: análise pessoal, supervisão e estudo teórico, os quais pedem contemporaneamente um rigoroso e entusiasmado trabalho.

Freud insistiu na mestria do artista, que dá provas de certa lida com o real com a qual o analista tem muito a aprender. A arte, em todas as suas modalidades, é um fazer que explora de modo inédito a mesma matéria prima com a qual um psicanalista trabalha em seu laboratório da palavra. Esse eixo convida a pensar a poética que aproxima o trabalho do psicanalista ao do artista.

Desde seu nascimento a cientificidade da Psicanálise é questionada e, nesse sentido, tem sido causa permanente da própria cultura científica. Diante do avanço do negacionismo científico e das neurociências a questão se reatualiza com as marcas de sua época. Esse eixo convida e inspira a Psicanálise a uma mobilização acerca de sua práxis com a experiência subjetiva, experiência que o cientificismo não é capaz de responder.

Como um pensador da cultura, Freud nos convoca a continuar seu legado refletindo acerca de temas pungentes na atualidade e suas implicações clínicas e políticas, tais como as questões de gênero, raça e classe, o fascismo, os urgentes problemas ambientais.